Redação - meu texto

Olá caros leitores fantasmas.
Como já dito anteriormente, pretendo cursar jornalismo (por enquanto), e essa ideia veio da minha paixão por escrever. Claro que jornalismo não é feito apenas da escrita, toda a ideia de ser jornalista me atrai, mas escrever é uma das principais. Uma das minhas matérias preferidas na escola é redação, na qual (com dois bimestres nessa escola) não tirei uma nota vermelha. Todas foram a cima da média, o que me deixa muito feliz, porque sempre me empenho bastante para fazê-las. O único problema com o qual tenho que lidar é o fato de, no vestibular, não existir consulta nem tempo para realizar grandes reflexões e fazer vários esboços, e essa é uma das causas do meu medo por vestibulares. Portanto, como treino, na minha escola as provas bimestrais não podem ser feitas com nenhum tipo de consulta, mas nós pelo menos sabemos o tema sobre o qual teremos que escrever. Já nas provas mensais, podemos ter consulta de rascunhos feitos em casa, computador, ou qualquer coisa do tipo.
Nesse "bloco" que chamei de "redação - meu texto" mostrarei minhas redações com as melhores notas. Por enquanto, a maior nota de todas foi 9.0, porém sei que ainda tenho muito para melhorar.
A primeira redação que vou mostrar possuia dois textos como base, veja:

1. GENTE VENENOSA: OS SABOTADORES
 Não há como afirmar que existe alguém totalmente bom ou totalmente mau como nas maniqueístas histórias infantis. Mas em determinadas situações há pessoas de personalidade difícil, que potencializam as fragilidades de quem está a sua volta, semeando frustrações e desestruturando sonhos alheios. Atitudes que, em resumo, envenenam. O terapeuta familiar argentino Bernado Stamateas identificou essas pessoas, cunhou o termo "gente tóxica" e falou sobre elas no livro "Gente tóxica - como lidar com pessoas difíceis e não ser dominado por elas". Assim como uma maçã estragada em uma fruteira é capaz de contaminar as outras frutas boas, as pessoas tóxicas, segundo Stamateas, tendem a envenenar a vida, plantar dúvidas e colocar uma pulga atrás da orelha de qualquer um. A vilania da situação reside no fato de que gente tóxica está sempre à espera da queda ou da frustração de alguém próximo para, então, assumir o papel de protagonista. "Eles (os tóxicos) se sentem intocáveis e com capacidade de ver a palha no olho do outro e não no seu", comenta o autor.
(Adaptado de: BRAVOS, M. Gente Venenosa: os sabotadores. Gazeta do Povo - Suplemento Viver Bem, 19 set. 2010, p. 6.)

2. Uma tirinha de Benett (que eu não achei a imagem, então vou reproduzir em forma de texto)
Homem 1: - Você sabe realmente quem você é?
Homem 2: - Eu? Mas é claro que eu sei! Sou um cara feliz, realizado, carismático, com muitos amigos, querido por todos, talentoso...
Homem 1: - Fala a verdade: você não sabe quem você é, né?
Homem 2: - Não faço a mínima ideia...

Tema da minha redação: 
Com base no texto e na tira, redija uma narrativa, envolvendo personagens cujo comportamento desconsidera os sentimentos das pessoas, bem como "intoxicam" as relações interpessoais.

Bom, como narrativa, temos algumas características obrigatórias que devem ser seguidas, e que fazem com que seus pontos aumentem. Essas características envolvem:
1. Preâmbulo: apresentam-se o fato e as personagens, localizando-as no tempo e no espaço (o quê? com quem? onde? quando? como?)
2. Conflito + resolução do conflito: através das ações das personagens, constrói-se a trama e o suspense que culmina no clímax.
3. Desfecho: existem várias formas de concluir a narração. Esclarecer a trama é apenas uma delas.

Agora, vamos para o meu texto.
Ps.: saiba que eu não sou nada boa com títulos, então tenha piedade e não ria deles.

De venenoso a humano

Inteligente, porém modesto e cruel, Ulisses era um estudante de família abundante e prestigiada na cidade. Ele possuia um defeito que muitos consideravam o pior de todos: o menino era um destruidor. Entretanto, não um destruidor qualquer, mas um arruinador de sonhos. Em sala de aula, costumava deixar seus colegas para baixo e conseguia diminuir a auto-estima de todos. Ulisses era o tipo de pessoa que ficava feliz ao causar desânimo nos outros.

Até que um dia, mais precisamente no segundo semestre do primeiro ano de colegial, um aluno novo entrou na turma. Aurélio era seu nome e, na primeira semana, todos já haviam percebido o quão talentoso era. Como previsto, o garoto tinha um sonho relacionado à sua carreira e vida profissional, o que significava mais uma chance para Ulisses destruir a alegria de outro.

Numa oportunidade qualquer, Ulisses questiona Aurélio sobre seu sonho profissional. O novato, então, responde:

- Gostaria muito de poder, um dia, me formar em letras e ser um grande professor da área.

- Você não vai conseguir, porque sua força de vontade não basta. É preciso de muita inteligência para que tal acontecimento ocorra, característica ausente em sua pessoa. - respondeu Ulisses com grosseria.

Apesar de estar impressionado com o que acabara de ouvir, Aurélio não ligou, porque sabia que se ele lutasse, conseguiria realizar-se profissionalmente.

Passaram-se doze anos e Ulisses estava desempregado, devido à demissão que ocorreu-lhe e precisava resolver seu problema. Formado em culinária, foi alertado por um conhecido de que uma escola de sucesso na cidade, a qual oferecia café da manhã e almoço para os alunos, precisava de um cozinheiro com urgência. O homem marcou uma entrevista de emprego para o mesmo dia e compareceu ansioso.

Ao chegar na escola, reconheceu o diretor do lugar: era Aurélio. Inconformado com o que presenciava, esperava que o proprietário da escola, diretor e professor de Língua Portuguesa não o reconhecesse. No entanto, o que temia aconteceu.

- Eu te conheço! Cursamos o ensino médio juntos, lembra? Observe o ponto em que chegamos.

Ulisses foi entrevistado normalmente e depois de dois dias recebeu uma ligação confirmando o que não esperava: ele não estava mais desempregado. Após o episódio, percebeu o quão desumano era com as pessoas, e melhorou tanto a sua personalidade que tornou0se amigo confiável de Aurélio, alguém que nunca teve rancor dentre seus sentimentos.

FIM

Bom, eu particulamente não gostei muito dessa minha redação quanto à história dela, porque confesso que não sou nem um pouco criativa. Por isso me interesso em fazer jornalismo, porque a história/notícia já está pronta, eu apenas tenho que escrever sobre ela. Outro fato importante é que nos vestibulares existe um máximo e mínimo de linhas. Nunca tive problemas com mínimos, porque escrevo bastante mesmo, mas sempre tenho com máximos. Essa redação, à mão deu exatamente 34 linhas, o limite que foi dado pela minha escola para esse caso. Muitas vezes, nos vestibulares, o limite é bem menor, por volta das 25 linhas, já que são milhares de redações para corrigir. Por mim, escreveria bem mais se pudesse, mas esse limite é levado com seriedade. 

As provas mensais, na minha escola, são corrigidas por duas corretoras, e as bimestrais pelo próprio professor. As corretoras sempre colocam uma crítica nas provas, como ocorreu nessa minha. Veja o que ela falou:

"Sofia, seu texto está bem escrito, tem uma boa sequência e coesão. Atente-se apenas ao uso incorreto ou não conveniente de algumas palavras no contexto".

Enfim, foi isso. Espero que tenham gostado do meu texto e desse "bloco" de redações que criei. 

Até a próxima!

Sofia.